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Taxa de Avaliação de Imóvel: o que é, quem paga e quanto custa

  • 30/09/2025

A taxa de avaliação de imóvel é cobrada pelos bancos para verificar as condições e o valor real da propriedade antes da concessão do financiamento. Saber como ela funciona, quem deve pagar e qual é o custo médio ajuda compradores e corretores a se planejarem melhor e evitarem surpresas durante o processo de compra.


Se você é corretor de imóveis, já deve ter se deparado com clientes surpresos ao descobrir que, além da entrada, das parcelas e do seguro, há também a taxa de avaliação do imóvel.

 E para muitos compradores, esse valor pode parecer um detalhe, mas influencia diretamente no custo total da operação e, claro, na percepção de transparência do atendimento.

Neste artigo, vamos te mostrar o que é essa taxa, por que os bancos exigem, quem paga e quanto custa, e como você pode usar esse conhecimento para orientar melhor o cliente, evitar surpresas e até negociar condições mais vantajosas.

O que é a taxa de avaliação de imóvel e por que os bancos exigem?

A taxa de avaliação de imóvel é um valor cobrado pela instituição financeira para cobrir os custos de análise do imóvel que será financiado. Esse processo envolve a visita de um engenheiro ou arquiteto credenciado ao local, que emite um laudo técnico avaliando:

o estado de conservação do imóvel;

se ele está de acordo com as normas urbanísticas;

se possui restrições estruturais, jurídicas ou ambientais;

e, principalmente, se o valor solicitado condiz com o valor de mercado.

A função principal da avaliação é proteger o banco. Afinal, em caso de inadimplência, a instituição pode ter que executar a garantia — e precisa se certificar de que o imóvel realmente vale aquilo que está sendo financiado.

Quem paga a taxa e qual é o valor médio cobrado?

Na maioria dos casos, quem paga a taxa de avaliação é o comprador, ou seja, seu cliente.

Isso vale tanto para imóveis novos quanto usados, financiados por bancos públicos (como a Caixa Econômica) ou privados. A cobrança é feita logo no início do processo de análise de crédito, após o envio da documentação e antes da aprovação final.

E quanto custa essa taxa?

Os valores podem variar de acordo com o banco, a região do país e o tipo de imóvel. Mas, em média:

  • imóveis residenciais: entre R$ 2.200 e R$ 3.000;
  • imóveis comerciais ou rurais: valores mais altos, podendo passar de R$ 4.000.

Importante: essa taxa não é reembolsável. Mesmo que o financiamento não seja aprovado, o banco não devolve o valor, pois o serviço técnico foi realizado.

De que forma essa taxa pode impactar o valor do financiamento?

Embora não seja incorporada ao financiamento (exceto em raros casos), a taxa de avaliação impacta diretamente o custo total da compra do imóvel.

Veja só:

  • o cliente precisa desembolsar esse valor à vista;
  • ele não está incluso nas parcelas nem pode ser diluído;
  • se o comprador não está preparado, isso pode gerar frustração ou desistência do negócio.

Além disso, o resultado da avaliação pode afetar o valor aprovado pelo banco. Se o imóvel for avaliado por um valor inferior ao acordado com o vendedor, o cliente terá que aumentar a entrada ou negociar um novo preço.

E o contrário também pode acontecer: o imóvel ser avaliado por um valor maior, o que pode ajudar o cliente a financiar um valor maior, desde que o contrato seja ajustado. Por isso, é fundamental que você também domine os critérios de precificação.

Como o corretor pode orientar o cliente e potencialmente reduzir esse custo?

Seu papel como corretor é antecipar esse tipo de informação, mostrar domínio do processo e evitar surpresas para o comprador.

Veja algumas orientações que fazem a diferença!

Explique desde o início

Não deixe para falar da taxa de avaliação só quando o banco cobrar. Já na apresentação do financiamento, explique que:

“Os bancos exigem uma vistoria técnica do imóvel, feita por um engenheiro credenciado, e esse serviço tem um custo que, geralmente, gira entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, pago à parte.”

Essa transparência aumenta sua credibilidade e gera mais confiança.

Prepare o cliente para o valor real

Muitos clientes acham que a entrada e as parcelas são os únicos custos. Mostre que o processo envolve despesas extras, como:

  • taxa de avaliação;
  • ITBI;
  • escritura e registro;
  • custos com cartório.

Você pode até montar um material com esses valores médios na sua cidade. Isso diferencia seu atendimento e mostra que você é um profissional completo.

Compare taxas entre instituições

Se o cliente ainda não escolheu o banco, você pode ajudá-lo a comparar não só as taxas de juros, mas também os custos operacionais (como avaliação e seguros).

Alguns bancos cobram taxas menores ou até isentam esse valor em promoções ou convênios com construtoras. Ficar atento a essas oportunidades pode ajudar o cliente a economizar.

Tenha um checklist de documentos e etapas

Criar um checklist com todas as etapas do financiamento, incluindo a taxa de avaliação, é uma ferramenta poderosa para manter o cliente informado e envolvido durante todo o processo.

Você pode entregar isso impresso, em PDF ou até no WhatsApp. O importante é mostrar que você está à frente do processo, e que o cliente está amparado em cada etapa.

De qualquer modo, tenha em mente que, ao orientar o cliente sobre esse custo e ajudá-lo a se planejar, você fortalece a relação de confiança, evita surpresas e conduz negociações mais fluídas, mesmo em processos burocráticos como o financiamento.

Como você viu, a taxa de avaliação de imóvel pode parecer apenas mais uma despesa no financiamento, mas para o corretor, ela é uma oportunidade de mostrar profissionalismo, antecipar dúvidas e criar um atendimento mais transparente e completo.


FONTE: https://www.imovelweb.com.br/blog/



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