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Fim do home office? Aluguel comercial tem maior alta mensal em nove anos

  • 29/05/2024

O aluguel comercial alcançou a maior alta mensal em nove anos, subindo 1,11% para R$ 43,57 por metro quadrado (m²) em abril. A estimativa é do Índice FipeZap, que estima mensalmente a variação dos preços em salas e conjuntos comerciais de até 200 m², sediados em 10 cidades selecionadas (veja metodologia abaixo).

A maior alta do aluguel comercial até então havia sido em novembro de 2013, quando o indicador subiu 1,26%. A alta de mais de 1% em abril também representou uma aceleração do ritmo: em março, a elevação havia sido de apenas 0,63%.

Ao avaliar a variação do indicador em 12 meses, que é o tempo mínimo de um contrato de locação comercial, o índice mostra uma alta de 7,69% no aluguel de imóveis comerciais. Esse avanço vem sendo registrado desde agosto de 2021, e, segundo o FipeZAP, veio na esteira da retomada econômica após o período mais grave da pandemia de covid-19.

Com o fim da quarentena, o trabalho híbrido e o presencial voltaram ao radar dos empregadores, impulsionando a retomada dos aluguéis comerciais. Ainda é cedo, no entanto, para cravar que o home office está com os dias contados.

“É cedo para dizer que o trabalho híbrido e o home office estão perdendo espaço [para o presencial]. Ainda assim, o retorno de muitos colaboradores para o escritório – mesmo que apenas em alguns dias na semana – tem impacto no aquecimento do mercado comercial”, avalia Paula Reis, economista do DataZAP.

Os movimentos econômicos costumam impactar primeiro o mercado de locação, mas houve aumento também em vendas de imóveis comerciais – embora não na mesma proporção do salto dos aluguéis. O preço das vendas valorizou 0,24% em abril, acima da elevação de 0,02% em março. Foi a maior alta nos preços de venda em seis anos – em janeiro de 2018, o indicador registrou um avanço de 0,55%.

Quais são as cidades com maior alta no preço dos aluguéis de imóveis comerciais?

As maiores altas de preço nos imóveis comerciais vieram de duas cidades do Rio de Janeiro: a capital fluminense, com avanço de 2,68%, e Niterói, com alta de 1,56%. Os dados das duas cidades, inclusive, puxaram para cima a média nacional.

“Com o aumento do dinamismo no mercado de trabalho no Rio de Janeiro, há também maior demanda por aluguéis comerciais e, devido à demora na adaptação da oferta e às restrições de espaço para a construção de novos empreendimentos, o que resulta em um forte aumento de preços”, afirmou Reis.

Outro ponto relevante para o comércio fluminense seria a recuperação do setor de turismo desde a pandemia. “O estado do Rio de Janeiro, de modo geral, seguiu a tendência de crescimento do volume de serviços de turismo do Brasil e, entre agosto de 2023 e março de 2024, cresceu acima da taxa brasileira.”

Já em preços, a média fica em R$ 43,57/m². Os maiores aluguéis por metro quadrado são:

São Paulo: R$ 51,91/m²

Florianópolis: R$ 45,19/m²

Rio de Janeiro: R$ 43,16/m²

Quais são as cidades com maior alta no preço das vendas de imóveis comerciais?

Em vendas, as maiores altas no índice ficaram com as cidades de Salvador (+0,76%); Rio de Janeiro (+0,75%); Curitiba (+0,74%). Em preços, a média fica em R$ 8,4 mil/m². As cidades com maiores preços de venda por metro quadrado em abril foram:

São Paulo: R$ 10,04 mil/m²

Rio de Janeiro: R$ 8,83 mil/m²

Florianópolis: R$ 8,22 mil/m²

Metodologia do Índice FipeZAP

O Índice FipeZAP é um índice de preço que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais – foi o primeiro indicador nacional lançado para este acompanhamento.

O índice é calculado pela Fipe com base em informações de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis).

No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas. Já no caso dos índices do segmento comercial, os anúncios utilizados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200 m², sediados em 10 cidades selecionadas.

Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Índice não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com cada contrato


Fonte: exame.com



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